quarta-feira, 17 de maio de 2017

Bahia gera 7.192 empregos de carteira assinada em abril


O estado da Bahia registrou um saldo positivo na geração de empregos no mês de abril. Foram gerados 7.192 postos de trabalho com carteira assinada. 

O número é da pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. Os empregos gerados são calculados a partir da diferença entre o total de 47.143 contratações e os 39.951 desligamentos. 

Este resultado representa uma forte recuperação na geração de empregos no estado, já que no ano passado o saldo foi negativo com recuo de 3022 postos de trabalho, no mesmo período, e em março deste ano, a redução foi de - 2.920 postos. É o primeiro saldo positivo depois de 24 meses negativos.
Segundo Armando Castro, diretor de Pesquisas da SEI, o resultado coloca a Bahia como o terceiro estado que mais gerou emprego no Brasil no mês de abril. “Isso é consequência, principalmente, de um ambiente favorável. Não coincidentemente estados com péssima situação fiscal e baixo investimento público estão nas últimas colocações em geração de emprego. A Bahia, ao contrário, mantém boa saúde financeira e importantes investimentos públicos. Esses investimentos terminam tendo impacto por toda economia local”, analisa o diretor.

Setorialmente, em abril, cinco segmentos contabilizaram saldos positivos: Agropecuária (+3.749 postos), Serviços (+2.330 postos), Indústria de Transformação (+1.139 postos), Administração Pública (+472 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+159 postos). Por outro lado, três setores desligaram trabalhadores celetistas: Construção Civil (-503 postos), Extrativa Mineral (-101 postos) e Comércio (-53 postos).

No acumulado dos últimos quatro meses, cinco setores de atividade registraram saldos positivos, destes, o maior saldo foi o de Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca (+5.059 postos), Administração Pública (+2.514 postos), Indústria de Transformação (+2.199 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (+1.554 postos) e Serviços (+171 postos). Em contrapartida, Comércio (-4.863 postos), Construção Civil (-4.257 postos) e Extrativa Mineral (-222 postos) apresentaram saldos negativos.

Brasil

Em relação à geração de empregos, a Bahia (+7.192 postos) ocupou a primeira posição no saldo de postos de trabalho dentre os estados nordestinos e a terceira posição no Brasil em abril de 2017.
Na Região Nordeste, além da Bahia (+7.192 postos), o Piauí (+225 postos) apresentou resultado positivo. Entre os sete estados com saldos negativos, o pior desempenho foi o de Alagoas (-4.008 postos), seguido por Pernambuco (-1.169 postos), Maranhão (-1.159 postos), Rio Grande do Norte (-921 postos), Ceará (-675 postos), Paraíba (-532 postos) e Sergipe (-72 postos).

Análise anual

No acumulado dos últimos quatro meses, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de +2.155 postos de trabalho, isso levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Este resultado fez com que a Bahia ocupasse a nona posição no país e o primeiro lugar no Nordeste no que diz respeito à geração de empregos. Todos os outros estados nordestinos encerraram postos celetistas de janeiro a abril de 2017. Na derradeira posição está Pernambuco (-34.543 postos), seguido por Alagoas (-32.489 postos), Ceará (-12.170 postos), Paraíba (-9.873 postos), Maranhão (-7.243 postos), Sergipe (-6.576 postos), Rio Grande do Norte (-5.502 postos) e Piauí (-756 postos).

Municípios

Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os maiores saldos de empregos, em abril de 2017, ressaltam-se Itamaraju (+1.305 postos), Eunápolis (+1.087 postos) e Salvador (+713 postos). Em contrapartida, Simões Filho (-324 postos), Guanambi (-113 postos) e Ipirá (-108 postos) fecharam posições de trabalho formal na Bahia.

“Sendo mais preciso, destacamos o cultivo de café e o cultivo de uva na agricultura e o setor de fabricação de álcool na indústria como principais motivadores da geração de emprego em abril. No entanto, o setor de serviços também foi significativamente positivo, com a geração de emprego distribuída entre muitos de seus subsetores”, afirmou Castro.

RMS e Interior

Com a análise dos dados referentes aos saldos de empregos distribuídos no estado, em abril de 2017, constata-se que o resultado do emprego foi positivo na RMS e no interior. De forma mais precisa, na Região Metropolitana de Salvador foram criados 1.098 postos de trabalho e no interior, 6.094 posições celetistas.

Quanto ao saldo de emprego de janeiro a abril de 2017, enfatiza-se que somente a RMS (-6.530 postos) encerrou postos de trabalho com carteira assinada. A criação de postos ocorreu no interior (8.685 postos). *Correio

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