sexta-feira, 21 de julho de 2017

Alta dos combustíveis deve encarecer também os alimentos


O aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre o diesel, anunciado pelo governo na quinta-feira (20), deve impactar os custos do frete rodoviário na faixa de 2,5% a 4%, em média, estimam entidades que representam as empresas de transporte de cargas. 

A previsão de 2,5% foi calculada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a mais alta, pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). Ambas afirmam que os alimentos e outros produtos ficarão mais caros com a mudança. 

O aumento dos custos com frete deve pesar principalmente sobre os itens de menor valor agregado (que têm pouca margem para absorver o impacto) e que são transportados por longas distâncias, afirma a NTC & Logística. 
Nessa lista, estão incluídos os produtos de cesta básica, como arroz, feijão e farinha, além de água, ovos, frutas e verduras. "Para o caminhão, o que interessa [na hora de cobrar pelo transporte] é o peso. 

1 kg de feijão é igual a 1 kg de ouro, mas como o feijão custa muito mais barato, o preço do frete pesa mais sobre ele que sobre o ouro", explica Lauro Valdivia, assessor técnico da associação. "E quem roda muito não vai ter como escapar", emenda. 

O preço dos grãos enviados para exportação, como soja e milho, que partem normalmente do centro-oeste do país para os portos no litoral, também devem ter forte reflexo nos preços, afirma Valdivia.

 Segundo ele, a alta nos preços dos produtos, em geral, só deve começar a ser sentida em duas semanas, depois que for possível medir o real efeito do aumento dos impostos nas bombas dos postos de combustível. *Com informações do G1

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